Seremos nós prefácio do fim a suspirar o amor que deixámos escapar por entre os dedos num dia de chuva de Novembro.
domingo, 30 de novembro de 2008
sexta-feira, 28 de novembro de 2008
segunda-feira, 24 de novembro de 2008
Despe-me de ti
Respira-me. Tira de mim o ar em porções proporcionais ao desespero silencioso que grita em mim. Tira de mim o ar que encheu o meu peito quando os meus olhos fitaram os teus. Tira de mim o peso do sentimento que deixaste crescer, se não o queres, por favor fá-lo morrer!
Não quero pensar hoje, "eu sou tua, eu sou TUA", e é apenas isto que penso. Despe-me de ti. Retira-me as dúvidas, as memórias, o coração do peito. Eu sou tua, mas não o sou. Despe-me de ti, se não me queres, despe-te de mim.
Não quero pensar hoje, "eu sou tua, eu sou TUA", e é apenas isto que penso. Despe-me de ti. Retira-me as dúvidas, as memórias, o coração do peito. Eu sou tua, mas não o sou. Despe-me de ti, se não me queres, despe-te de mim.
sábado, 15 de novembro de 2008
Confidência de amores impossíveis
Não sei se sabes mas a indiferença que faço transparecer é tudo menos indiferença, ao não querer olhar olho-te assim pelo canto do olho como de soslaio, sem preocupação, tudo orientado, bem direccionado, como se nada fosse sentido.
Contigo tudo é um jogo de provocação, sempre o foi, e eu faço questão de manter distância, pelo menos tento, porque puxas-me com uma força indescritível que me faz perder o chão com cada movimento, cada suspiro, cada palavra tua que ouço ao de longe.
Eu finjo não notar a tua presença mas cada fibra do meu ser grita que te quer, emaranha-se todo o sentimento em mim e o sangue flúi-me pelas veias como se a possibilidade de fuga deste existisse, perigosamente até ao centro de mim, o coração, e o dilacera, o tortura com a emoção de saber que por e simplesmente existes.
Só o facto de ouvir o teu nome me faz tremer e eu quero confidenciar-te tudo, que sonho contigo de dia e que te procuro incessantemente nesta minha cama fria de noite, que respiro somente na ânsia de poder viver o dia em que mergulhes comigo de forma sincronizada, em sintonia completa no mar de palavras que precisam ser ditas e que te quero roubar, roubar-te para mim mas não prender-te do mundo.
Não é teimosia, obsessão, muito menos puro entusiasmo para compreender as inúmeras metamorfoses e mutações que a tua identidade sofre que me mantêm fixada em ti, são os pequenos momentos que passaram, são os sorrisos disfarçados, é saber que és mais, que me sabes prender sem me agarrar e me fazes sentir como me sinto sem que o forces ou muito menos o peças.
Não sei se sabes, e sei que por variadas vezes fiz para que não soubesses, retiras-me o fôlego de forma exasperada e eu sou tua, sempre fui tua mesmo nos braços de outro fui tua.
Contigo tudo é um jogo de provocação, sempre o foi, e eu faço questão de manter distância, pelo menos tento, porque puxas-me com uma força indescritível que me faz perder o chão com cada movimento, cada suspiro, cada palavra tua que ouço ao de longe.
Eu finjo não notar a tua presença mas cada fibra do meu ser grita que te quer, emaranha-se todo o sentimento em mim e o sangue flúi-me pelas veias como se a possibilidade de fuga deste existisse, perigosamente até ao centro de mim, o coração, e o dilacera, o tortura com a emoção de saber que por e simplesmente existes.
Só o facto de ouvir o teu nome me faz tremer e eu quero confidenciar-te tudo, que sonho contigo de dia e que te procuro incessantemente nesta minha cama fria de noite, que respiro somente na ânsia de poder viver o dia em que mergulhes comigo de forma sincronizada, em sintonia completa no mar de palavras que precisam ser ditas e que te quero roubar, roubar-te para mim mas não prender-te do mundo.
Não é teimosia, obsessão, muito menos puro entusiasmo para compreender as inúmeras metamorfoses e mutações que a tua identidade sofre que me mantêm fixada em ti, são os pequenos momentos que passaram, são os sorrisos disfarçados, é saber que és mais, que me sabes prender sem me agarrar e me fazes sentir como me sinto sem que o forces ou muito menos o peças.
Não sei se sabes, e sei que por variadas vezes fiz para que não soubesses, retiras-me o fôlego de forma exasperada e eu sou tua, sempre fui tua mesmo nos braços de outro fui tua.
terça-feira, 11 de novembro de 2008
domingo, 9 de novembro de 2008
Fiquei em silêncio para que pudesses gritar
É de noite que cai o peso da realidade. É de noite que se toma conciência do quão frágil o mundo é. É de noite que o pensamento viaja à velocidade da luz porque o silêncio o permite. É de noite que a melancolia se agarra à criatura mais susceptível que possa encontrar.
Deixem tocar os pianos, os violinos, os suspiros. Deixem-nos tocar assim de mansinho sem pressas. Há tempo, tanto tempo.
O silêncio e a escuridão provocam medo pois o pensamento pode viajar para locais sombrios, reconditos que alguns possam guardar dentro de si.
Ela abre a janela, ja não há escuridão somente luzes que ofuscam os olhos já cansados, o silêncio é abafado pelo vento e por um ou outro carro que por ali possa passar. Não há pianos, nem violinos, não existem notas entoadas por aí perdidas, somente suspiros, dela.
Ela não fala, não grita, não eleva a voz.
É de noite que cai o peso da realidade nela. É de noite que se apercebe o quão frágil o SEU mundo é. É de noite que o seu pensamento viaja à velocidade da luz porque só há silêncio. São todas as noites que a melancolia se agarra à criatura mais susceptível, ela.
Não existem pianos, nem violinos, só suspiros de quem está perdido no seu próprio quarto, no seu próprio mundo.
As noites são repetições de repetições. Quem a salva? Ela não se salva.
Deixem tocar os pianos, os violinos, os suspiros. Deixem-nos tocar assim de mansinho sem pressas. Há tempo, tanto tempo.
O silêncio e a escuridão provocam medo pois o pensamento pode viajar para locais sombrios, reconditos que alguns possam guardar dentro de si.
Ela abre a janela, ja não há escuridão somente luzes que ofuscam os olhos já cansados, o silêncio é abafado pelo vento e por um ou outro carro que por ali possa passar. Não há pianos, nem violinos, não existem notas entoadas por aí perdidas, somente suspiros, dela.
Ela não fala, não grita, não eleva a voz.
É de noite que cai o peso da realidade nela. É de noite que se apercebe o quão frágil o SEU mundo é. É de noite que o seu pensamento viaja à velocidade da luz porque só há silêncio. São todas as noites que a melancolia se agarra à criatura mais susceptível, ela.
Não existem pianos, nem violinos, só suspiros de quem está perdido no seu próprio quarto, no seu próprio mundo.
As noites são repetições de repetições. Quem a salva? Ela não se salva.
quarta-feira, 5 de novembro de 2008
Simples
"Há dia, sabes, em que gostava de ser como o gato e que me tocasses sem desejar encontrar quaisquer sentimentos a não ser o que se exprime num espreguiçar muito lento - um vago agradecimento? - e que depois me deixasses deitado no sofá sem que nada pudesses levar da minha alma, pois nem saberias o que dela roubar."