segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Amintiri din trecut

Ainda guardo fotografias de tempos passados, de ti, de mim e de todos os outros que pela minha vida passaram e continuam a passar.
O mau não deve ser esquecido, o bom não deve ser demasiado enaltecido porque no final são tudo memórias que eventualmente sumirão das nossas mentes em fragmentos microscópicos ao longo do percurso temporal. As fotografias só avivam o que resta da memória de tempos passados, para ajudar a traçar sorrisos ou reabrir pequenas e grandes feridas, mas as fotografias são e serão sempre o testemunho da nossa mísera existência neste planeta que denominamos Terra.
Enfim, acrescentei hoje mais duas fotografias ao meu albúm, numa delas eu tinha um sorriso rasgado e um olhar de felicidade enorme... talvez fosse mais fácil sorrir quando ainda desconhecia o que eram corações partidos, objectivos profissionais a cumprir, prazos, contas, stress, e amizades condicionais/condicionadas. O tempo está a contar, sempre a contar.
Tudo o que anseio neste momento porém não são beijos nem carícias de alguém, não são prazos, nem contas, nem fotografias. Estranhamente o que quero agora é que chegue sexta-feira para voltar à "minha" varanda e ver as estrelas, o vento a passar por entre os dedos e o frio a arrepiar o nariz. Agora que penso, a "minha" varanda sempre foi um local de sossego e de abrigo e eu quero sentir-me segura. Lá não preciso de camaras fotográficas digitais ou analógicas para registar o que vejo porque as melhores fotografias tenho-as cá dentro da minha mente e essas eventualmente apagar-se-ão mas ao menos serão sempre só minhas. Na "minha" varanda esqueço o sentido da mortalidade porém sei que tudo tem um prazo. E o tempo conta e conta e conta.

Termino assim com os meus sentimentos, que descanses em paz José Manuel De Melo Xavier. Quis Deus que fosses mais que uma presença terrena, que fosses mais que pai, irmão, tio. Teremos sempre fotografias para recordar e estas não serão motivos para chorar mas sim para sorrir porque abençoaste-nos outrora com a tua presença.
A tua falta será sentida.


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